O cálcio é o principal mineral envolvido na formação da massa óssea, é também essencial para a coagulação sanguínea, agregação plaquetária e apresenta papel especial na contração muscular. Sua absorção ocorre no intestino delgado, sendo absorvidos cerca de 20 a 30% do que é ingerido. Em condições de consumo inadequado deste mineral, o cálcio esquelético é lançado na corrente sangüínea para prevenir os desequilíbrios nutricionais, gerando um balanço negativo na remodelação óssea.
A recomendação de ingestão adequada (RDA) de cálcio é igual para homens e mulheres, e equivalem a 1300mg para mulheres e homens de 9 a 18 anos; 1000mg para adultos de 19 a 50 anos, e 1200mg para indivíduos a partir de 50 anos. As principais fontes alimentares deste mineral são: semente de gergelim, quinua, folhas verdes escuras como a couve e o brócolis. Em alguns casos pode-se utilizar suplementos de cálcio, como cápsulas de dolomita (rocha calcária), concha de ostra e carbonato de cálcio.
Assim como os músculos, os ossos permanecem fortes com a prática de exercícios regulares. A manutenção da massa óssea, ou sua hipertrofia, parece estar relacionada não só com a contração muscular, mas também com a ação da gravidade e com o estresse mecânico a que o osso esta submetido.
Exercícios com pesos ou aqueles em que o indivíduo tem que suportar o peso corporal são mais eficientes para o estímulo da atividade osteoblástica, ou seja, estímulo para a síntese da matriz óssea e para impregnação de íons cálcio e fosfato na mesma. Estudos mostram que o treinamento de força muscular de alta intensidade realizado 3 vezes na semana, durante o período de um ano, promove o incremento de duas gramas no conteúdo total de mineral ósseo no mesmo intervalo de tempo.
O sarcômero é um dos componentes básicos do músculo estriado que permite a contração muscular. Cada sarcômero é constituído por um complexo de proteínas, entre as quais actina e miosina, alinhados em série para formar uma estrutura cilíndrica designada miofibrila, no interior das células musculares. O cálcio desempenha importante função na liberação do sítio ativo de pontes cruzadas actina-miosina durante a contração muscular, e por isso representa um nutriente essencial na prática esportiva.
A sarcopenia, perda degenerativa de massa muscular e conseqüentemente de força, esta associada à osteoporose, que pode ser desencadeada pela baixa ingestão de cálcio. Na atividade esportiva, a diminuição da massa muscular não é desejável, e neste sentido, o cálcio teria a função de preservação e manutenção da massa magra.
Alguns estudos realizados em ratos demonstram a relação cálcio e atividade física sobre depleção de glicogênio em exercício de força. Essas evidências demonstram que a depleção de glicogênio poderia resultar na incapacidade de reabsorção do cálcio pelo retículo sarcoplasmático. Esta deficiência esta relacionada à incapacidade das bombas de cálcio funcionarem corretamente, devido ao esgotamento das reservas de ATP.
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