Mostrar a quantidade de tempo que é preciso se exercitar para queimar as calorias de um refrigerante ao invés de apenas colocar os números na embalagem é muito mais eficaz para evitar o consumo da bebida. É o que sugere estudo publicado na revistaAmerican Journal of Public Health.
Pesquisadores observaram adolescentes em lojas de West Baltimore em que eles colocaram três tipos de sinais para mostrar a quantidade de calorias de cada produto: número de calorias, porcentagem de ingestão calórica e tempo de exercícios necessários para gastar as calorias da comida.
Foi identificado que a placa que identificava a quantidade de exercício necessário para a queima de calorias surtiu mais efeito nos jovens . De acordo com a líder do estudo, Sara Bleich, isso ocorre porque as pessoas não conseguem estimar a quantidade de calorias nos alimentos que consomem. “Quando as formas de analisar são mais fáceis a pessoa passa a comprar menos produtos calóricos”, afirma ela.
Os pesquisadores observaram os adolescentes e monitoraram se os hábitos de consumo de bebida mudaram em comparação com o período em que não haviam placas indicativas nestas lojas.
A venda de refrigerante, que fazia parte de quase metade de todas as compras, caiu, assim como chás gelados e bebidas esportivas. No entanto, as vendas de bebidas não açucaradas, especialmente água passou de cinco para 10 unidades vendidas diariamente.
Embora os três tipos de sinais pareça ter contribuído para reduzir o número de bebidas açucaradas consumidas, as placas que exibiam a quantidade de exercício necessário para queimar as calorias fez mais efeito.
250 calorias ou corrida de 40 minutos?
Pesquisadores calcularam o tempo de corrida necessário para queimar as calorias dos refrigerantes com base em um adolescente de 110 quilos. A quantidade de exercício variava a partir do peso, por exemplo, uma pessoa de 110 quilos precisaria correr por 50 minutos para queimar uma garrafa de refrigerante, enquanto uma pessoa de 150 quilos precisaria correr por 40 minutos.
Algumas lojas não participaram do estudo por medo de diminuir o número de vendas, mas mesmo assim os pesquisadores esperam que a pesquisa aumente a conscientização e faça com que as lojas e supermercados deixem as informações mais claras aos consumidores.
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