Por Rachel Campello
Foi-se o tempo em que a mulher grávida precisava ficar quase em repouso. Hoje, a medicina já comprovou que se manter ativa é saudável, faz bem para o feto e ajuda o corpo da mãe a voltar à forma mais rapidamente depois da gestação. “O exercício não precisa ser restringido. O importante é avaliar qual atividade combina com cada momento da gravidez”, explica o obstetra Alberto d’Auria, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.
Pequenas adaptações
Em outras palavras, é preciso fazer algumas adaptações para que a gestante não sofra complicações provocadas pelo esforço. Acontece que, para facilitar a passagem do feto na hora do parto, o organismo produz uma dose alta de relaxina, um hormônio que alarga as articulações, aumenta a flexibilidade e dá mais mobilidade à bacia. A questão é que o corpo inteiro – todos os ligamentos de todas as articulações – também se afrouxa. Aí mora o perigo. Tornozelos, joelhos, ombros e coluna ficam muito suscetíveis a lesões. O equilíbrio também fica prejudicado, já que o centro de gravidade muda.
As vantagens da hidroginástica
Para evitar torções e sobrecarga, a atividade sugerida pela maioria dos especialistas é a hidroginástica. Ela trabalha todos os músculos sem provocar impacto nas articulações. Mas preste atenção: para que o exercício cause o efeito desejado – queima calórica, treinamento cardiovascular e resistência muscular –, você precisa sair cansada (não ofegante) da aula.
Para quem já malhava
Já as mulheres que malhavam antes de engravidar podem continuar com seu programa de exercícios, com a autorização do obstetra, de forma mais leve. Ou seja: diminua os pesos no treino de musculação, troque a corrida pela caminhada e reduza a velocidade na natação. Sempre faça qualquer atividade com bastante atenção para evitar quedas.
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