Atração física, bom relacionamento e intimidade com o parceiro tornam o sexo uma atividade cheia de prazer e sem grandes problemas. Mas nem sempre são garantia de um bom desempenho na cama. Bom preparo e condicionamento físico são capazes de verdadeiros milagres, pois é durante o sexo que gastamos muita energia, na hora “H”, por exemplo, o orgasmo pode ser responsável pelo gasto de 90 calorias!
“Os exercícios físicos contribuem sim para a qualidade sexual”, afirma personal trainer Valéria Aprobato.
Os aeróbios, por exemplo, melhoram a condição cardiorrespiratória do indivíduo. Isso acontecendo, o desempenho obviamente vai melhorar, pois não vai haver tanto cansaço físico e o ato sexual poderá ser mais prolongado. Assim, as atenções não estarão voltadas para a ‘falta de fôlego’, mas para curtir o momento, aponta a personal trainer Valéria Aprobato.
Conforme a personal trainer, vários músculos são trabalhados durante o ato sexual, principalmente aqueles dos membros inferiores, onde estão envolvidos o quadríceps, posteriores das coxas, adutores (parte interna da coxa), abdutores (região exterior da coxa e dos glúteos), os glúteos e os gastrocnêmios (batata da perna).
Para as mulheres, em especial, a região do assoalho pélvico, que começa no osso acima do clitóris e chega ao final da coluna vertebral, logo acima do ânus, também permanece em constante atividade durante o sexo. Por esta razão é que ela deve ser exercitada, assim a circulação sanguínea aumenta e você consegue permanecer nas posições sexuais por mais tempo, além de atingir orgasmos mais intensos.
Valéria e a fisioterapeuta Daisy Chaves acreditam que o método Pilates é um dos mais indicados para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico.
A fisioterapeuta explica que exercícios feitos através de contração e relaxamento da musculatura do períneo e do pubo-coccígeo (fortalecimento da região interna da coxa e glúteos), melhora a mobilidade e flexibilidade dos quadris. “Como um dos enfoques do método é o trabalho de flexibilização, força e melhora da percepção corporal, consegue-se uma boa execução dos movimentos sexuais de uma forma geral”, acrescenta.
Para o fortalecimento do assoalho, Daisy utiliza o “Hip Twist”. “Ele promove a mobilização da articulação coxo femural e da pelve. Deve ser realizado com o praticante sentado, apoiado com os membros superiores para trás e os membros inferiores elevados realizando círculos da direita para a esquerda e vice-versa. Durante os círculos, os membros inferiores sobem e descem juntos. Quando se realiza o círculo subindo, deve-se expirar, e quando desce, deve-se inspirar o ar. Originalmente o exercício é prescrito com 3 movimentos para cada lado”, explica.
Exercícios com bola também são importantes para a região. Conforme a fisioterapeuta, em um deles, o praticante apoia os membros inferiores (um pouco abaixo dos joelhos) na bola e os membros superiores no chão com as mãos afastadas na direção dos ombros. “Ele inspira nesta posição e expira elevando a pelve e ficando na forma de um triângulo. A bola irá se deslocar pelos membros inferiores até os pés”.
O Pilates também fortalece o abdome, região que é bastante exigida na própria relação sexual. “Um dos exercícios que usamos no abdome é o hundred (quando há a elevação da cervical, extensão de quadris e joelhos e os braços se movimentam para cima e para baixo). Já no aparelho reformer pode ser feita a flexão do tronco, com a flexão de ombro e extensão do quadril e joelhos”, explica.
Também durante o Pilates que aprendermos a respirar de forma correta. Com isso, sangue e músculos recebem mais oxigênio e ajudam homens com problemas de ereção. A respiração certa também dá mais capacidade pulmonar, ou seja, mais concentração e disposição durante o ato sexual.
Segundo a fisioterapeuta após 10 aulas, em média, os alunos já conseguem sentir uma melhora durante o sexo e outras atividades. A evolução e resultados dos exercícios depende muito de cada pessoa “do desenvolvimento da consciência corporal e da contrologia dos movimentos”, completa.
Fonte: Terra
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