Segundo a psicóloga Adriana Cezaretto, da USP, devemos evitar armadilhas, como estabelecer metas grandiosas para se perder peso.
Mudar hábitos que trazemos da infância é realmente muito complicado. O conselho da psicóloga Adriana Cezaretto, da USP, é para evitar criar armadilhas, como estabelecer metas grandiosas para se perder peso.
“O que a gente adquire em 40 anos a gente não perde em três semanas. É um sacrifício imenso para o corpo e, muitas vezes, não tem como. E aí a pessoa não conseguiu aquela meta maior. A gente costuma falar de metas curtas: faça o que é possível”, declara a psicóloga.
E o que é possível para cada um de nós? Nosso grupo participa de uma aula sobre o assunto. As nutricionistas têm uma lista de 14 metas que devemos tentar alcançar pouco a pouco, pelo menos duas a cada semana, para que possamos chegar ao nosso objetivo.
A primeira das metas é importantíssima: faça de cinco a seis refeições por dia - café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e, para quem vai dormir tarde, o lanche da noite.
“O importante é não ficar mais de três horas sem comer. Então, vocês vão ter que se organizar no dia a dia de vocês para introduzir estas refeições”, diz a Dra. Samantha para os pacientes.
A segunda meta é usar as frutas como sobremesa e como opção daquele lanchinho rápido entre as refeições. Mas elas têm açúcar e o consumo aconselhado é de três a quatro porções por dia.
A meta número três é incluir verduras e legumes no almoço e no jantar.
A de número quatro é difícil para muita gente: o tamanho da porção de carne numa refeição não deve ser maior do que a palma da mão. A Dra. Samantha explica para o grupo como deve ser a medida da carne.
A meta seguinte é trocar a gordura animal por vegetal. Quanto ao azeite extra virgem, dá para consumir duas colheres de sopa nas saladas por dia. Já o óleo de cozinha é preciso restringir.
A nutricionista Samantha pergunta para a empregada doméstica Isabel Cristina Leôncio quantas latas de óleo ela utiliza para cozinhar. “Para mim e a minha patroa, uso umas duas latas”, responde Isabel.
A especialista explica, então, a quantidade que se deve usar em casa. “Vamos considerar uma família com dois adultos e duas crianças. Devemos utilizar uma lata de óleo por mês. No seu caso, você teria que utilizar meia lata de óleo. Isso é sinal que gente está fazendo muita fritura ou está adicionando muito óleo aos alimentos, para fazer arroz ou feijão. Dá pra gente diminuir esta quantidade”, explica a Dra. Samantha para a empregada doméstica.
A essa altura, o repórter Alberto Gaspar e os seus companheiros já estão, cada um a seu modo, engajados na educação alimentar.
“Eu detesto comer de manhã, odeio comer de manhã, mas como eu quero levar a sério, tudo direitinho eu estou tomando café de manhã”, conta Edna.
“Eu nunca fui muito chegado em café da manhã, era um cafezinho preto e olhe lá. Agora, estou me obrigando a comer uma coisinha, uma torrada”, revela Gaspar.
“Na hora do almoço, vem aquela saladona de novo. O que eu gostaria mesmo de comer é uma carne gorda, reforçada”, diz Luis.
“Agora são 20h50 e eu vou jantar. Vou jantar uma salada de alface, com um pequeno bife de filé de frango assado com tomate, um pouquinho de chuchu cozido na água e sal e vou tomar um suquinho de limão. Boa noite, até amanhã”, diz Edna para a câmera.